Os argentinos vão às urnas hoje (22/10) para eleger um novo presidente. Javier Milei, líder nas pesquisas e vencedor das eleições primárias, pode ser eleito já no primeiro turno, caso consiga pelo menos 40% dos votos.
Os três principais candidatos na disputa são o economista Javier Milei, Sergio Massa (atual ministro da economia) e a ex-ministra Patricia Bullrich. Milei surpreendeu após conseguir 30% dos votos nas eleições primárias.
Em pesquisa recente, Milei aparece com 37,32% das intenções de voto. Para ser eleito no primeiro turno na Argentina, basta obter 40% dos votos. Caso contrário, um segundo turno deve ocorrer.
Milei e sua relação com o Bitcoin
Javier Milei é certamente o candidato mais favorável ao bitcoin e ao mercado de criptomoedas. Uma das propostas de Milei é acabar com o banco central, dolarizar a economia e promover um livre mercado de moedas no país.
Estas ideias são alinhadas com os princípios monetários do mercado de criptomoedas. Além disso, a candidata a deputada Diana Mondino, que é amiga próxima de Milei, afirmou que a Argentina se tornará um “paraíso do Bitcoin”.
Em uma resposta no X (antigo Twitter), Diana afirmou:
“Eles já tentaram [o destruir], mas seu cabelo funciona como um capacete à prova de balas. A Argentina em breve será um paraíso do Bitcoin”.
Ainda não está claro quais medidas Milei poderia tomar para adotar o bitcoin na Argentina, que vem passando por longo período de alta inflação. No entanto, há na América Latina o grande exemplo do governo de Nayib Bukele em El Salvador, que está adotando o bitcoin de diversas formas no país.
El Salvador segue com um caixa com mais de 2 mil bitcoins, e o governo se comprometeu em comprar 1 moeda por dia por tempo indeterminado.
Milei recentemente deu uma entrevista ao jornal Clarín, onde comentou sobre o Bitcoin deu declarações fortes sobre o sistema financeiro tradicional:
“O Banco Central é um mecanismo da qual os políticos enganam pessoas boas com um imposto inflacionário. O Bitcoin é a reação natural a este golpe dos bancos centrais. Quando você tem economias com alta inflação e o problema da fraude estiver mais claro, você pode discutir, como proponho diretamente, eliminar o Banco Central.”
