A regulação do mercado cripto brasileiro cria uma lei voltada para as criptomoedas. Além de mais segurança e clareza na oferta de serviços, a aprovação do Marco Legal cripto deve afetar também produtos e ferramentas financeiras como os fundos de investimento.
O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a aceitar a negociação de fundos de investimento com exposição em criptomoedas. Com a regulação do mercado cripto, a oferta desse tipo de investimento pode aumentar.
Nas últimas semanas, o Marco Legal para as criptomoedas foi publicado pelo presidente Lula. Desde então, uma forte movimentação no mercado cripto mostra a entrada de grandes instituições bancárias no setor.
Fundos de investimento com bitcoin
No Brasil, já existem fundos de investimento com exposição em criptomoedas. Eles são negociados até mesmo pela B3. No entanto, com a regulação do mercado cripto, a oferta desses fundos pode aumentar.
O Itaú, por exemplo, é uma das instituições financeiras que possui interesse em custodiar fundos com exposição em criptomoedas. O banco, que anunciou a entrada na ABCripto, pretende lançar fundos de investimento com bitcoin, como os ETFs.
Além disso, o Itaú pode utilizar a tecnologia blockchain para tokenizar ativos de valor. Dessa forma, além de custodiar fundos de investimento com exposição em criptomoedas, o banco pretende se tornar um emissor de tokens e moedas digitais.
Bolsa de valores entra no mercado cripto
O mercado cripto vivencia um importante momento no Brasil depois que a regulação do setor foi finalmente promulgada. Recentemente, grandes empresas do mercado financeiro sinalizaram uma grande integração com o mercado cripto.
Além do Itaú, e dos fundos de investimento com bitcoin, a B3 anunciou que desenvolveu uma exchange. Desse modo, a bolsa de valores brasileira começará a negociar criptomoedas diretamente.
Assim como o banco Itaú, a B3 já negociava criptomoedas através de fundos de investimento, como os ETFs. Mas, agora o serviço estará disponível também para outros bancos e aplicativos financeiros. O Inter, por exemplo, começará a negociar criptomoedas usando a plataforma desenvolvida pela B3.
Regulação do mercado cripto
O Brasil aprovou uma regulação para o mercado cripto no final de 2022. Ainda em dezembro, o projeto de lei foi sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde 2015 o país discute a criação de uma legislação específica para o setor, que foi aprovada após votação entre os senadores e deputados federais.
Com a aprovação do projeto de lei, seis meses depois a proposta legislativa foi publicada. Agora, a lei entra em vigor em todo o país, e o Banco Central do Brasil (BCB) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foram escolhidos como os órgãos responsáveis por regular o mercado cripto brasileiro.
