Bolsa de Valores (B3) cria exchange e anuncia entrada no mercado cripto

Bolsa de valores brasileira começa a negociar criptomoedas como bitcoin, ether, litecoin e USDT

Mais uma instituição financeira anunciou oficialmente sua entrada no mercado cripto. De acordo com a divulgação, a Bolsa de Valores (B3) lançou sua própria exchange de criptomoedas no Brasil.

Embora a B3 já negocie criptomoedas através de títulos, essa é a primeira vez que a bolsa de valores brasileira anuncia a criação de uma plataforma totalmente dedicada à negociação de criptomoedas.

A exchange da B3 está sendo desenvolvida por uma subsidiária da empresa, a B3 Digitais. O negócio foi criado com foco em desenvolver negócios digitais para a bolsa de valores brasileira.

Sendo assim, a B3 passará a negociar criptomoedas, como bitcoin (BTC), ether (ETH), tether (USDT), litecoin (LTC) e ripple (XRP). A proposta da exchange da B3 é oferecer a negociação de moedas digitais como uma tecnologia que pode ser integrada por outras instituições financeiras.

Exchange da B3 é lançada

A B3 anunciou que desenvolveu sua própria exchange para negociar criptomoedas. Depois de ofertar títulos com moedas digitais, agora a bolsa de valores do Brasil terá sua própria plataforma cripto.

Desde 2021, a empresa demonstra interesse em incorporar ferramentas do mercado financeiro. Além de negociar títulos com exposição em criptomoedas, a B3 já apresentou um pedido de aprovação de um fundo de investimentos com exposição em bitcoin (BTC).

No entanto, o pedido não foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por outro lado, a exchange da B3 já havia sido previamente aprovada pelo órgão, que regulamenta e fiscaliza o mercado financeiro no Brasil.

Ainda em dezembro de 2023, a bolsa de valores conseguiu uma autorização para criar um negócio envolvendo a negociação de criptomoedas no país. Com o anúncio recente, a B3 é uma das primeiras empresas a receber esse tipo de aprovação pela CVM.

Serviço cripto para o banco Inter

A ideia do negócio da B3 estratégia é chamada crypto-as-a-service, onde a exchange da bolsa de valores poderá ser integrada em empresas, aplicativos e bancos. Ou seja, além de oferecer a negociação de criptomoedas, a plataforma da B3 estará disponível para ser incorporada em negócios como o Inter.

Ao mesmo tempo que a B3 anunciava a criação de sua exchange, o Banco Inter também confirmou sua entrada no mercado cripto. Na verdade, o banco digital é o primeiro cliente da exchange B3.

Sendo assim, o banco Inter oferecerá a compra e venda de criptomoedas usando o sistema da bolsa de valores. Esse tipo de transação é conhecida no mercado cripto, e o Banco Nubank e o aplicativo PicPay já utilizam esse tipo de ferramenta para ofertar moedas digitais aos clientes.

Regulação do mercado cria nova fase cripto

O mercado cripto brasileiro vivencia uma nova fase depois que a regulação do setor foi publicada nas últimas semanas. A assinatura do Marco Legal das criptomoedas acarretou na entrada de grandes instituições financeiras no setor.

A B3 e o Banco Inter foram as primeiras empresas a anunciar uma integração com o mercado cripto. As duas empresas vão negociar criptomoedas, logo após a publicação da regulação ser assinada pelo presidente Lula.

Além da CVM, o Banco Central é a outra instituição escolhida como reguladora do mercado cripto no Brasil. Enquanto isso, os deputados federais discutem em Brasília (DF) uma investigação envolvendo pirâmides financeiras com criptomoedas.

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