Uma transação de US$ 10 milhões em criptomoedas despertou a atenção do mercado cripto recentemente. Embora o valor não seja tão expressivo, o endereço que movimentou o saldo pode ter ligações com exchange FTX.
Segundo um relatório da Arkam Intelligence, as criptomoedas pertencem a plataforma que declarou falência congelando o saldo de milhares de clientes. Dessa forma, existe um temor de um despejo de criptomoedas pode acontecer no mercado com a movimentação da carteira.
A transação resultou na mudança do saldo em redes blockchains distintas. Antes, as criptomoedas estavam na Ethereum, e agora foram transferidas para a rede Solana. O movimento pode indicar o início da venda dos ativos digitais que pertenciam a exchange, criada pelo empresário Sam Bankman-Fried.
Criptomoedas mudaram de rede
O mercado cripto vivencia uma onda de desvalorização que fez o preço do bitcoin (BTC) despencar para valores abaixo de US$ 26 mil. Um despejo de criptomoedas pode impactar o BTC e outros ativos digitais.
Até então, as criptomoedas foram apenas transferidas entre as redes Ethereum e Solana. Somente em ether (ETH), foram transferidos US$ 6,23 milhões, aponta o relatório da Arkam Intelligence.
Além de ETH, a transferência movimentou US$ 1,8 milhão em tokens uniswap (UNI) e outros US$ 4 milhões em altcoins. Essas transações acontecem desde o dia 31 de agosto de 2023, totalizando cerca de US$ 10 milhões transferidos.
FTX pediu falência
A FTX foi uma das maiores exchanges do mercado cripto antes de declarar falência. Com o pedido, a empresa entrou em recuperação judicial, e pode vender as criptomoedas que ainda estão em posse da plataforma.
Ainda no dia 24 de agosto, a empresa Galaxy Digital Capital Management foi apresentada como possível gestora das criptomoedas recuperadas da FTX. Portanto, a transferência pode ter relação com esse novo passo no pedido de recuperação judicial da exchange.
O criador da FTX, continua preso acusado de movimentar o saldo dos clientes de forma deliberada. Pouco antes de declarar falência, a exchange foi oferecida a Binance, que recusou a oferta pela plataforma que pode ter uma dívida de até US$ 50 bilhões com investidores e credores.
