Work to earn, uma nova brecha para a consolidação da GIG Economy por meio da Web 3. 

A política econômica mais falada nos últimos meses é a alta nas taxas de juros visando reduzir a inflação por meio do aumento do desemprego, movimento esse conhecido como taxa de sacrifício. Notoriamente o mercado de trabalho irá se adaptar, e a grande pergunta é: Sob quais condições?

Um dos grandes vetores de retomada da economia pode ser a GIG Economy sob a lúdica narrativa “work to earn“. Conforme a tecnologia ganha tração e a economia se torna cada vez mais elástica, a ordem econômica vigente encontra meios para ganhar escala reduzindo o custo com os passivos que acompanham a contratação da mão de obra, permitindo que mais trabalhadores sejam contratados a um preço menor e com maior taxa de reposição. 

A velocidade do ambiente de negócios é exponencialmente maior quando comparada à velocidade do ambiente regulatório, o que permitiu o surgimento da “GIG Economy“ um novo modelo de trabalho à parte de qualquer legislação trabalhista. Similar ao modelo play to earn, a GIG Economy é pautada na gamificação do trabalho e ganhos por serviços sob demanda, onde as empresas que exploram esse nicho se tornam meramente intermediários entre o prestador do serviço e o cliente. 

Hoje, os principais serviços da GIG Economy são no setor de transporte de indivíduos e alimentos, absorvendo a mão de obra menos qualificada. Entretanto, esse modelo pode prevalecer em outros setores da economia, onde a Web 3 pode ser a infraestrutura e também o cliente.

Dado que a GIG Economy é pautada em plataformas de intermediação, as taxas de serviço cobradas pelas empresas do setor se tornam um fator de competição extremamente elástico, induzindo o prestador de serviços a migrar para a plataforma que lhe cobra menos taxas. No ecossistema Web 3, os custos de intermediários podem ser reduzidos por meio da implementação de smart contracts, onde o ônus é uma mísera taxa de transação cobrada pela rede, e não 25% dos ganhos na plataforma. 

Além disso, trabalhos como bug bounty e desenvolvimento de soluções podem ganhar agilidade com o esforço coletivo dos membros de uma DAO (Organização autônoma descentralizada), mostrando uma nova possibilidade nas relações entre “pessoas jurídicas”. Quanto à confiança nas relações de trabalho em ambiente web 3 podemos contar com a verificação de requisitos como prova de experiência e prova de condições de pagamento que podem ser feitas por meio de identidades digitais e soluções ZK Proof. 

Conclusão 

Em resumo, a ascensão da GIG Economy através do conceito “work to earn” é um fenômeno significativo no cenário econômico atual. Enquanto a política monetária tradicional busca controlar a inflação, a economia digital e as possibilidades da Web 3 estão redefinindo as relações de trabalho. Este modelo flexível, baseado em plataformas de intermediação e tecnologia blockchain, promete uma redução significativa nos custos e uma maior agilidade nas transações de trabalho. À medida que a GIG Economy continua a expandir-se, ela desafia as normas tradicionais de emprego, incentivando a inovação e a colaboração em novas e emocionantes formas, moldando assim o futuro das relações de trabalho e da economia global.

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